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Quando a treta vira tsunami: redes sociais, adolescentes e saúde mental v4js

Vivemos em tempos em que a vida acontece também no ambiente virtual, e para os adolescentes as redes sociais se tornaram uma extensão de suas identidades, amizades, desejos e inseguranças. E é justamente nesse espaço que surgem as famosas “tretas”, discussões que muitas vezes banais no início, tomam proporções imensas. 2u5i4v

Uma simples divergência de opiniões e, em questão de minutos, prints são compartilhados, vídeos editados com sarcasmo, comentários manipuladores com um rápido julgamento, e como sentença o temido cancelamento. Esta exposição e o linchamento moral se tornaram ferramentas perigosas nas mãos de jovens que ainda estão aprendendo a conhecer e a lidar com suas próprias emoções.

Essa nova arena de conflitos não se limita à tela. Ela atravessa os muros da escola, a mesa da família, a porta do quarto fechada, o coração dos adolescentes. A pressão por posicionamento, o medo de errar, a sensação de não pertencimento… tudo isso tem consequências reais: ansiedade, depressão, crises de pânico, insônia e infelizmente, até pensamentos mais nocivos.

As redes sociais amplificam os conflitos pois a audiência é imensa e a pressão sufocante. Para os adolescentes, que estão em plena formação emocional, o impacto é profundo e deixa marcas invisíveis, mas duradouras.

Essas tretas não são sobre quem tem mais curtidas ou seguidores, são sobre saúde mental, sobre reputações, sobre relações humanas.

Pais, educadores, cuidadores, todos temos um papel importante que não apenas “controlar o celular”, mas de oferecer presença, sermos referência, conversar sobre limites, estimular o respeito e principalmente, acolher quando a dor aparece.

O cuidado é efetivo com presença, diálogo e orientação, e antes que uma simples postagem destrua um adolescente e até mesmo uma família, precisamos reaprender a educar também no mundo digital para transformar o espaço virtual em lugar de conexão e conhecimento e não de feridas expostas.

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